Adoçantes aumentam o risco de câncer? Fatos e mitos.

Adoçantes são substâncias usadas para substituir o açúcar (sacarose). Por eles terem o potencial de adoçar muito maior que o açúcar, são usados em menor quantidade, logo, adicionam menos calorias aos alimentos.

O primeiro estudo que sugeriu que os adoçantes pudessem causar câncer foi feito com ciclamato em altas doses em combinação com sacarina em ratos de laboratório. Foi observado que a combinação aumentava o número de cânceres de bexiga em ratos machos. Estudos subsequentes em humanos não demonstraram o mesmo resultado, aparentemente os adoçantes funcionam de maneira diferente em ratos e humanos.

adoçante5No entanto, a partir desses estudos o congresso norte-americano obrigou que produtos que contivessem sacarina tivessem um aviso que o produto causava câncer em animais de laboratório. Esse aviso foi divulgado de 1981 até 2000, quando finalmente foi retirado por não se ter encontrado prova dessa associação em humanos.

No ano de 1981, o aspartame (NutraSweet® and Equal®) entrou no mercado. No ano de 1996, foi sugerido que ele aumentava o risco de câncer de cérebro, linfomas e leucemias. Novamente, essas suspeitas não foram confirmadas por estudos subsequentes e análises mais detalhadas dos estudos de laboratório e análises populacionais dos novos casos de câncer.

Desde então, outros três adoçantes foram aprovados: sucralose, acesulfame e neotame. Todos considerados seguros após a análise de mais de 100 estudos.

O único adoçante que segue proibido nos Estados Unidos atualmente é o ciclamato, mas mesmo esse adoçante está sendo reavaliado para reintrodução no mercado.

Em resumo, é um mito que os adoçantes aumentem o risco de câncer se usados em doses normais. O único fato comprovado é que se você for um rato… é melhor usar açúcar…

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